Ilex aquifolium L.
Azevinho, acevinho, acevinho-espinhoso, aquifólio, cibro, espinha-sempre-verde, pica-folha, pica-rato, teio, vidreiro, jardo e jardão
Descrição Genérica
Morfologia
Arbusto ou pequena ávore, geralmente dióica, até 8 metros, de folhas verde-escuras coriáceas, frequentemente brilhantes e com a margem largamente dentada e ponteaguda e pubescente. De copa geralmente cónica e compacta. Frutos muito vistosos de cor vermelha ou laranja.
Distribuição
S da Europa, NW de África e SW da Ásia. Em Portugal: Ag, BA, BB, BL, DL, E, Mi e TM.
Frequência
Pouco frequente.
Ecologia
Bosques de faias, abetos, pinheiros e carvalhos e ainda soutos, freixedos e até azinhais. Secundariamente forma populações muito extensas e densas, sobretudo no norte, mas geralmente refugia-se nas zonas sombrias do fundo dos barrancos e ribeiras. Prefere os substratos siliciosos e descarbonatados.
Etnografia
Muito cultivada como ornamental devido à sua beleza. Árvore mítica do Natal. A madeira, muito dura e uniforme, é muito apreciada para mobiliário, também se utiliza como combustível e na construção civil. Em medicina popular utilizaram-se as folhas sobretudo como diuréticas e laxantes. Os frutos têm propriedades diuréticas e purgantes, podendo por vezes causar intoxicações, sobretudo infantis. Da casca interna cozida de 7 a 8 horas e deixada a fermentar de 2 a 5 semanas, pulverizada imediatamente e lavada com água, obtém-se uma goma para caçar pássaros. As folhas maceradas em vinho empregaram-se como tonificantes, efeito este que é discutível.
Polos de diferenciação ecológica onde se encontra
Atlântico
Clima chuvoso e húmido, Inverno moderado, estio mesotérmico, e que corresponde aproximadamente ao Noroeste de Portugal Continental.
Oro-Atlântico
Clima chuvoso, Inverno frio, Estio mesotérmico, e que corresponde às zonas de maior altitude do continente português.