História

O Arboreto de Barcelos – um jardim botânico invulgar

Colocado numa escola, o primordial objectivo deste jardim botânico tem que ser de natureza didática. Por isso, já está a servir a comunidade escolar, que tem nele um instrumento importante, um grande laboratório vivo, para a realização de observações e experiências relativas aos conteúdos programáticos de uma parte substancial das disciplinas leccionadas nas escolas secundárias.

A sua função, porém, não é apenas essa. Alarga-se a objetivos educativos mais genéricos, nomeadamente à educação para a defesa da natureza e do meio ambiente, imperativo que se torna cada vez mais importante numa sociedade que não tem sabido progredir de forma equilibrada e que corre o risco de provocar ruturas irreversíveis no planeta, com consequências que podem, a longo prazo, ser catastróficas. Neste sentido, este projeto é uma permanente chamada de atenção para a necessidade de proteger a biodiversidade e o ambiente, sendo um incentivo para uma maior estima pela natureza em geral e pelas florestas em particular.

O facto de o Arboreto de Barcelos incluir apenas flora autóctone tem também um importante papel educacional. Os taxa lenhosos portugueses integram-se perfeitamente, e duma forma equilibrada, no conjunto dos sistemas biológicos do espaço português. A introdução de espécies de outros continentes, por um lado, e a profunda e forçada alteração da geografia florestal continental, por outro, têm vindo a criar perigosos desequilíbrios de cujos efeitos já estamos a ser vítimas (como é o caso mais flagrante do eucalipto e da invasão de acácias), problema do qual as nossas crianças, adolescentes e jovens devem tomar consciência.

É dentro deste espírito que, além dos professores, muitos alunos têm participado ativamente na prossecução desta iniciativa, nomeadamente em tarefas de colheita, plantação e limpeza, participação essa que deverá ser continuada e incrementada.

Para terminar, informa-se que a Escola Secundária de Barcelos está aberta a receber, para visitas guiadas, todos aqueles (investigadores, técnicos, professores, estudantes ou simples interessados) que desejem conhecer ao vivo esta experiência que tanto prazer e honra cívica tem dado àqueles que a estão a levar por diante.

As visitas devem ser feitas preferentemente nos meses de abril, maio, junho, julho, outubro e novembro.

Tem constituído um enorme esforço do corpo docente, do corpo discente e dos trabalhadores desta escola, não só a manutenção do Arboreto em óptimas condições, como também o acompanhamento do elevado número de visitantes.