Buxus sempervirens L.
Buxo, murta (sub-produto de jardinagem, nanificante e estéril)
Descrição Genérica
Morfologia
Geralmente arbusto monóico até 8 metros, de folha persistente e frondosa. As folhas são verde-escuras. Ramos flexíveis. Frutos sub-esféricos, coriácios e glaucos.
Distribuição
C e S da Europa, N de África e SW da Ásia. Segundo Castroviego, S (et al) em Portugal é sub-espontâneo.
Frequência
Cultivado com frequência.
Ecologia
Faz parte do sub-bosque e das orlas de alguns bosques de faias, carvalhais, pinhais e carrascais. Também se encontra em ribanceiras e em rochedos. Pode formar populações quase mono-específicas, abrigadas em barrancos e matagais de substituição de bosques de caducifólias ou coníferas. Prefere substratos pedregosos básicos. Ocasionalmente sobre xistos ou granitos.
Etnografia
Muito cultivado como ornamental para formar sebes em jardins e bermas de caminhos, outras vezes como árvores isoladas de grande beleza. A sua madeira, muito pesada e dura, é bastante apreciada para mobiliário e para o fabrico de colheres e outros utensílios domésticos, peças de xadrez, fusos, etc. As folhas e a casca dos ramos e raizes contêm alcalóides esteróidicos que podem causar intoxicações inclusive mortais, embora se tenha usado e usa como antipirético, purgante e anti-alopécico. As folhas também foram usadas no tratamento das febres palúdicas e o cozimento das flores teria, segundo alguns autores, propriedades sodoríficas. Segundo outros, o óleo obtido do lenho seria diaforético, aperitivo e o cozimento das folhas usar-se-ia para aloirar os cabelos.
Polos de diferenciação ecológica onde se encontra
Eu-Mediterrânico
Pluviosidade mediana, Inverno suave, Estio seco e mesotérmico, e que corresponde aproximadamente a algumas zonas do Algarve e do Baixo Alentejo.
Ibérico
Clima pouco chuvoso. Estio quente e Inverno microtérmico, e que corresponde ao Nordeste e Centro/Leste.